Teatro de Ferro (Portugal)

Objecto Encontrado Perdido

TEATRO TABORDA 
10 e 11 de Maio às 21h30 (Terça e Quarta)

Conceito e direcção: Igor Gandra e Carla Veloso Música: Michael Nick Interpretação: Carla Veloso, Hernâni Miranda e Igor Gandra Realização Plástica: Hernâni Miranda e Eduardo Mendes Desenho de luz: Rui Maia Operação de luz: Mariana Figueroa Oficina de construção: Pedro Esperança, Carlota Gandra e Equipa TdF Fotografias: Susana Neves Produção: Teatro de Ferro Estrutura financiada por: República Portuguesa – Ministério da Cultura / DGArtes Técnica: Manipulação à vista Idioma: Português Público-alvo: +12 Duração: 55 min.


Nesta nova criação o Teatro de Ferro propõe-se a realizar uma investigação em torno da ideia de objecto. O ponto de partida é a noção de objecto-encontrado.

Uma aventura que terá como cenário os lugares e os não-lugares onde a não-vida se faz animar pela vida e vice-versa visitaremos a secção de perdidos e achados de uma instituição (cultural? policial?) cuja função não pode ser completamente determinada. Visitaremos ainda fábricas, aeroportos e também outros lugares aparentemente excluídos da dança dos objectos-mercadoria. As marionetas serão por vezes os cicerones.























O objecto, o encontro e a perda são as matérias primas desta criação que se inspira no século XX mas que aspira a reflectir com humor (e com a saudável imodéstia com que se deve partir para a acção criadora) sobre algumas questões fundamentais para o século XXI, nomeadamente a da origem das coisas: a natureza e o trabalho...

O espectáculo desenvolve-se a partir das possibilidades que os corpos dos intérpretes encontram num conjunto de objectos recolhidos ao longo do processo de criação. A relação entre a acção e a música original assume um papel estruturante, numa dramaturgia em que se articulam corpos e objectos, mas também sonhos e pesadelos, memórias e enigmas.

Objecto Encontrado Perdido é uma reflexão aberta sobre a origem dos objectos que nos rodeiam: a natureza e o trabalho.


BIO
O Teatro de Ferro surgiu em 1999. Criado inicialmente como um rótulo para as criações de Igor Gandra e Carla Veloso, o projecto foi evoluindo gradualmente para a condição de estrutura profissional de criação.
A escolha deste nome, Teatro de Ferro, pressupõe uma noção de matéria primordial, resistente e ao mesmo tempo mutável: este processo de transformação continua a inspirar o grupo. O trabalho da companhia tem sido desenvolvido no campo do teatro de e com marionetas e objectos. É um projecto que assenta numa lógica de investigação em que a marioneta tem assumido um valor matricial, nas suas hibridações possíveis, tentadas e tentadoras. As relações, do corpo-intérprete com o objecto manipulado e a implicação de cada espectador na construção desta relação, são linhas de reflexão transversais à prática artística do TdF. Os espectáculos realizados devem ser inscritos nas formas teatrais e dramatúrgicas que colocam a palavra num plano de igualdade em relação a outras linguagens e a promoção da dramaturgia contemporânea portuguesa é um traço caracterizador do seu projecto artístico, pelo que a companhia tem trabalhado principalmente com textos originais de autores portugueses.
O TdF tem vindo a alcançar públicos heterogéneos e as parcerias improváveis, a procura de contextos alternativos aos circuitos das artes do espectáculo, a intensa actividade itinerante, a criação destinada aos mais jovens e os projectos de acção cultural são os gestos mais claros no percurso da companhia.